Imagine que você conheceu num rapaz e começaram a se
relacionar. Daqui um ano você descobre que nas primeiras
semanas do namoro de vocês, ele (ou ela, tanto faz) deu
uma derrapada, ou seja, ficou com alguém ou escreveu algo
sobre alguém, mas logo depois mostrou-se uma pessoa
amiga, devota, leal, parceira, mostrou-se alguém
preocupado com você e sua família.
O que fazer nesse caso?
De verdade: nada. Lá no início, as coisa não estavam claras,
a novidade e a imaturidade e a inexperiência eram a regra,
mas logo depois ele/ela perceberam a seriedade e passaram
a se comportar de modo irrepreensível. Este é um cenário.
O outro é o que você está descrevendo: depois de cinco
anos de namoro, quando a coisa já deveria estar madura,
quando ambos já deveriam estar seguros e prontos para o
casamento, ele se comporta como alguém poderia se
comportar lá nas primeiras semanas, mas não estamos nas
primeiras semanas.
O que fazer? Bem, não há mais nada que vocês não saibam um sobre o outro, não há mais
novidades a descobrir, o relacionamento é o que é: ele é
desleal e você não é a mulher que ele quer. Não há margem
para dúvidas aí. Eu entendo que irá aparecer o sentimento
de “tempo desperdiçado” e é este sentimento que induz
vocês ao erro, talvez ao erro mais grave da vida: casar com
alguém que não vale nada.
Irão casar, os filhos irão aparecer e, em dois anos, você estará sozinha, com um filho no
mundo, carregando uma história de uma família
despedaçada, Irá ter de reiniciar de qualquer modo, mas se
antes era mais fácil, então será infinitamente mais custoso.
