Vamos lá, meu irmão, é exatamente isso. Quando o namoro é
vivido para que ambos se satisfaçam, ou seja, quando as festas,
as viagens, o s3x0, são a tônica do namoro, tudo o que de fato é
importante acaba por ficar de escanteio.
Há ainda uma outra possibilidade: durante o namoro um dos dois (ou ambos)
percebem uma ou mais falhas graves no caráter do outro ou
alguma coisa que não chega a ser falha, mas gera uma
incompatibilidade profunda e ainda assim insistem pensando
“todo mundo tem defeitos, depois eu resolvo isso”.
Daí vem o casamento, as contas, os filhos, as doenças, a rotina. As festas
acabam, as viagens não são tão frequentes, o s3x0 ganha outra
forma e aqueles defeitos ou incompatibilidades é tudo o que
resta na frente dos dois. Pronto, o casamento vira um
incômodo, um inferno, as vezes. As fugas começam a aparecer,
as brigas e discussões e as infidelidades.
Por isso, no namoro, o importante é buscar conquistar as
virtudes da convivência e da doação, observando se o outro
busca o mesmo. Há algum tempo uma moça me escreveu aqui
sobre o namorado, que não foi ao aniversário dela pois estava
meio cansado.
Veja, uma moça com mais idade irá tolerar isso,
irá pensar “não é tão grave assim, eu que sou chata”. Daqui uns
dois anos, já casada, ela vira me escrever: “não sei o que
aconteceu, ele era um homem bom, católico, mas agora não sai
da casa da mãe e não assume o nosso filho que acabou de
nascer”. A história é sempre a mesma: tudo já estava claro.